E foi em uma viagem de trem que o escoteiro Caio Vianna Martins se tornou símbolo do Brasil ao mostrar serviço e sacrifício em favor ao próximo. Em 1938, aos 15 anos de idade, Caio era um dos 25 membros do Grupo Escoteiro Afonso Arinos de Belo Horizonte que viajavam com destino a São Paulo.
No caminho, houve um desastre: o trem noturno chocou-se com um cargueiro. Assim, muitos carros descarrilaram, outros engavetaram e alguns se desmontaram.
Os escoteiros que resistiram ao impacto das composições começaram a ajudar os demais passageiros facilitando o trabalho de salvamento. Logo, o grupo sentiu falta do Escoteiro Gerson Issa Satuf e do Lobinho Hélio Marcos.Os dois, além de 38 pessoas morreram.
Caio que era o monitor da Patrulha Lobo recebeu forte pancada na região lombar, sofrendo esmagamento das vísceras e hemorragia interna. Quando o socorro chegou, e o quiseram colocar numa maca, Caio apontou para as vítimas que pareciam em estado mais grave dizendo: "Não. Há muitos feridos aí. Deixe-me que irei só. Um Escoteiro caminha com as próprias pernas". E caminhou, para cair a uns cem passos adiante. Foi hospitalizado, mas não resistiu.
Foi sepultado no cemitério de Bonfim, zona norte de Belo Horizonte, junto do Escoteiro Gerson e do Lobinho Hélio Marcos.
Nascido em 13 de julho em Matosinhos, Minas Gerais, após ser reconhecido com exemplo, Caio recebeu homenagens como o nome do Estádio de futebol de Niterói; da praça em Belford Roxo, no bairro de Heliópolis; um monumento em Juiz de Fora no parque central da cidade; além dos vários grupos escoteiros possuem seu nome.
Foto de Andrevruas - Juiz de Fora |
Com informações: http://escoteiros.org.br/escotismo/caio_vianna_martins.php e https://cafemateiro.wordpress.com/2010/01/28/caio-viana-martins-e-as-100-pracas-escoteiras/
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